Pular para o conteúdo principal

Reforma e Contrarreforma

Reforma - Introdução

  No início do século XVI iniciaram reformas religiosas, condicionadas mediante às práticas da Igreja Católica (venda de indulgências, cargos eclesiásticos e relíquias sagradas), surgindo uma nova visão de mundo atrelada ao pensamento renascentista, isto é, a Igreja Católica desde o final da Idade Média sofria com uma baixa em sua representatividade.
  Além disso, a burguesia comercial estava inconformada com a condenação de seu trabalho por parte dos clérigos católicos, pois condenavam o lucro e juros típicos do capitalismo. 
  Já no campo político, os reis estavam incomodados com o papa, pois inferferiam nos comandos destinados à realeza. Deste modo, o novo pensamento renascentista se opunha aos preceitos da Igreja, baseando-se na ciência e na razão.


Reforma Protestante

   Martinho Lutero (monge alemão) foi um dos pioneiros a contestar os dogmas da Igreja Católica, afixando na porta da Igreja de Wittenberg, noventa e cinco teses, contestando vários pontos da doutrina católica.
   Posteriormente, as noventa e cinco teses se opunham à venda de indulgências e propunham a fundação da religião luterana, pois conforme Lutero a salvação do homem era decorrente de seus atos exercidos em vida e em relação à fé. Lutero era contrário ao comércio e também condenou o culto às imagens, revogando também o celibato.
    Martinho Lutero foi convocado pelo imperador Carlos V para desmentir suas noventa e cinco teses (dezesseis de abril de mil quinhentos e vinte e um), mas além de defendê-las também demonstrou a necessidade da reforma da Igreja Católica.

Reforma Calvinista

   O teólogo e cristão francês João Calvino, iniciou a Reforma Luterana na década de 1530, partindo do pressuposto: a salvação era explicada através da Doutrina da Predestinação (escolhidos por Deus).
   O trabalho honesto é justo é valorizado, sendo o sucesso profissional ou pessoal oriundos desse trabalho (predestinação à salvação).
   A crença calvinista repercutiu em torno de burgueses e banqueiros, acreditando alcançar a paz com sua religiosidade.

Reforma Anglicana

   O rei Henrique VIII na Inglaterra rompeu com o papado, motivo ocasionado pela recusa de cancelar o casamento solicitado por parte do rei, o que consolidou na fundação do Anglicanismo, estendendo suas posses e seu poder, retirando da Igreja Católica uma considerável quantidade de terras.

Contrarreforma ou Reforma Católica

    Mediante aos avanços do protestantismo e baixa em relação aos fiéis, representantes da Igreja Católica (bispos e papas), reuniram-se em Trento, conhecido como Concílio de Trento (1545-1563), tendo como objetivo reagir ao protestantismo, destacam-se algumas medidas para contenção:
- Retorno do Tribunal do Santo Ofício;
- Inquisição;
- Catequização de habitantes de terras descobertas por parte dos jesuítas;
- Criação  do Index Librorum Prohibitorum, impedindo a propagação de ideias contrárias à Igreja Católica.


Referência:

MARTINA, Giacomo. História da Igreja: de Lutero aos nossos dias. V. 1: A era da Reforma. São Paulo: Loyola, 1997.
SEFFNER, Fernando. Da reforma à contra-reforma. Coleção História geral em documentos. São Paulo: Atual.

Fime: Lutero.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Oriente Próximo e surgimento das primeiras cidades

O Oriente Próximo e surgimento das primeiras cidades   O surgimento das primeiras cidades relacionam-se à Revolução Agrícola, ou seja, momento em que o ser humano por intermédio da técnica agrícola, não exercem mais o nomadismo e constituem a necessidade da divisão do trabalho.   Desta forma, à cidade provêm da organização, integração de um espaço e sua independência. No qual, os indivíduos tornam-se sedentários, produzindo e se fixando na terra, condicionando agrupamentos urbanos e mais adiante o surgimento das primeiras cidades.  Consequentemente, o desenvolvimento da agricultura irrigada pelos grandes rios Tigre e Eufrates, possibilitaram o aparecimento das grandes cidades no Oriente Próximo, o que conforme os historiadores surgiram entre os anos 3.500 e 3.000 a.C no Egito e Mesopotâmia em 2.500 a.C na Índia e 1.500 a.C na China.   Logo, O Oriente Próximo ou Crescente Fértil, termo criado em 1906 pelo arqueólogo Henry Breasted, descrito de tal forma, pois...

Pré-história sul-americana, brasileira e regional

Pré-história sul americana   Acerca da datação do povoamento do continente americano, existem discussões sobre algo específico relacionado a este processo. No entanto, a teoria mais aceita parte do pressuposto sobre levas de seres humanos migrarem da Ásia para a América, através do Estreito de Bering e por intermédio da glaciação (acúmulo de gelo sobre a superfície da terra).    Assim sendo, o baixo nível dos mares e congelamento das águas, desencadearam um caminho terrestre natural, proporcionando a travessia. De fato, as diversas ondas migratórias caracterizaram a diversidade linguística e cultural da América.    Além disso, os seres humanos da pré-história americana compunham diferentes estágios de desenvolvimento social, cultural e econômico. Alguns integravam o Paleolítico, sendo nômades, caçadores e coletores, outros no estágio Neolítico, praticando a agricultura, sedentários e habitando aldeias, os demais introduzindo novas tecnologias e o surg...

Formação dos Estados Absolutistas Europeus

  O Absolutismo é um regime político decorrente no final da Idade Média, sendo característica a concentração de poder e autoridade na figura do monarca (rei).   Assim sendo, o exercício do poder está centralizado na mão do monarca , não existindo nenhuma Constituição ou lei escrita, partindo do pressuposto de direito divino, ou seja, o soberano seria um representante de Deus na Terra (os súditos deveriam acatar as ordens e não questioná-las).   De modo que, o Estado Absolutista surgiu mediante ao processo de desagregação do feudalismo na Baixa Idade Média, rompendo os laços de campesinato das propriedades feudais, concebendo espaço a produção, trocas de mercadorias e a proveniência do capitalismo mercantil (abalando o continente europeu com revoltas camponesas).   Consequentemente, a nobreza feudal com seu poder ameaçado, transferiu todo o poder político e militar para uma cúpula centralizada, comandada por um monarca, o que de fato, concede espaço para a o...